Open Energy avança como base para democratizar o mercado de energia
A implantação do Open Energy foi um dos temas centrais do ENASE 2025 e vem sendo tratada como peça estratégica para viabilizar a abertura plena do mercado elétrico. A iniciativa, inspirada no Open Finance, permitirá que consumidores compartilhem seus dados de consumo de forma segura, padronizada e com seu consentimento, fomentando a competitividade entre comercializadoras.
Rodrigo Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), defendeu que a medida é um direito do consumidor e deveria já estar implementada. “É essencial que os dados estejam organizados e disponíveis em todo o país. Isso fortalece a concorrência e garante propostas mais justas”, afirmou. Segundo ele, o modelo brasileiro foi construído com base em experiências internacionais, priorizando simplicidade e escalabilidade. A proposta atual prevê uma primeira etapa de download de dados (Green Button) e, posteriormente, uma segunda fase com APIs e automação.
Gustavo Martinelli, gerente regulatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), explicou que a entidade será responsável por orquestrar os acessos e consentimentos na fase mais tecnológica do projeto. Já Alex Mariano, diretor de tecnologia e inovação da Way2, ressaltou a importância de garantir segurança e boa experiência do usuário: “A responsabilidade pela proteção dos dados não é só da CCEE — distribuidoras e comercializadoras também precisam estar preparadas.”