Transição energética justa exige tecnologia, planejamento e ação conjunta, diz diretor da Informa Markets na abertura do ENASE 2025
O ENASE 2025 começou nesta quarta-feira com um forte apelo à cooperação entre governo, setor privado e sociedade para viabilizar uma transição energética justa e inclusiva. Em sua fala de abertura, Hermano Pinto, diretor de negócios da Informa Markets, destacou o papel da tecnologia — especialmente a inteligência artificial — como aliada no planejamento e na mitigação de riscos em projetos estruturantes de energia.
Segundo Hermano, o setor elétrico vive um momento desafiador, mas também cheio de oportunidades, com pressões por produtividade, uso eficiente dos recursos naturais e investimentos sustentáveis. “Sem energia e sem recursos como água e solo, não há como impulsionar inovação nem alcançar os compromissos climáticos”, afirmou.
O executivo também chamou atenção para a necessidade de o Brasil dominar toda a cadeia produtiva de novas fontes, como o hidrogênio verde, em vez de apenas exportar matéria-prima. “A produção energética precisa gerar valor local. Temos que usar o hidrogênio para desenvolver novos insumos e fortalecer a indústria nacional”, defendeu.
Por fim, Hermano lembrou que a COP 30 será uma conferência de implementação e que os custos da transição energética precisam ser debatidos com transparência. “É hora de discutir quem pagará a conta da energia limpa. O Brasil tem potencial, mas precisa agir com estratégia para ocupar seu papel na nova ordem energética global”, concluiu.
