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TRILHA POLÍTICA: POLÍTICA CLIMÁTICA

Perspectivas de lideranças do setor elétrico rumo à Neutralidade 

Planejamento por indução ganha destaque em debate sobre futuro energético no ENASE 2025


A necessidade de modernizar o modelo de planejamento do setor elétrico foi o principal ponto de convergência no painel sobre política climática do ENASE 2025, realizado nesta terça-feira (11). Especialistas e autoridades apontaram que o país precisa migrar de um modelo centralizado para um planejamento incremental, capaz de se adaptar à velocidade das transformações tecnológicas e à transição energética.


“O Brasil já é competitivo pela diversidade de fontes, mas ainda falta ousadia para antecipar demandas emergentes como hidrogênio verde, armazenamento e data centers”, afirmou Luís Carlos Ciocci, ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e atual diretor da In Vista Consultoria. Para ele, o país precisa de um plano estratégico que conecte energia, mineração e finanças de forma integrada.


Leonardo F. Oliveira, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, avaliou que a Medida Provisória nº 1.300 é um primeiro passo ao promover equilíbrio tarifário por meio da realocação de custos. “Ela não altera a matriz, mas cria condições para que a transição energética avance com mais estabilidade”, disse.


O deputado federal Arnaldo Jardim também defendeu mudanças no modelo decisório. “Precisamos de um planejamento por indução, guiado por sinais de preço e atributos”, declarou. Para ele, a escolha do governo em enviar a reforma do setor por meio de rito de Medida Provisória não foi a mais adequada. Jardim afirmou que o ideal seria uma proposta via projeto de lei — e adiantou que o governo prepara uma proposta específica para o mercado de data centers, setor que ganha protagonismo com o avanço da inteligência artificial e da digitalização.


Demanda de data centers impulsiona nova proposta legislativa anunciada no ENASE 2025


O crescimento da demanda energética impulsionado por data centers deve ganhar uma resposta legislativa em breve. Durante o ENASE 2025, Leonardo F. Oliveira, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, afirmou que o governo prepara um projeto de lei específico para o setor, diante da urgência gerada pela digitalização da economia, inteligência artificial e blockchain.


Segundo Luís Carlos Ciocchi, ex-diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essa é uma demanda concreta e imediata. “Data centers são agora. Precisamos reagir com investimento em tecnologias como hidrelétricas reversíveis e baterias, além de mecanismos financeiros mais modernos”, disse. Para ele, o setor ainda carece de planejamento estratégico claro e de ações mais ousadas.


O painel também destacou a importância de um novo modelo de planejamento no setor elétrico. “Planejar por indução significa adaptar políticas conforme os cenários se materializam. O Brasil tem potencial único pela diversidade de fontes, mas precisa coordenar bem política, regulação e investimento para liderar a transição energética”, concluiu Ciocchi.



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